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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Aula rápida com Magnus Carlsen

No vídeo a seguir o campeão mundial de xadrez analisa o começo de uma de suas partidas contra o indiano Viswanathan Anand pelo campeonato mundial. Apesar de ser um vídeo bem curto achei a análise bem instrutiva e que demonstra a simplicidade do pensamento enxadrístico de Carlsen. Professores podem utilizar esse vídeo para aulas rápidas sobre planos de aberturas e jogadores de torneio também terão informações interessantes para utilizar em suas partidas!


terça-feira, 23 de outubro de 2018

Os principais erros na preparação de aberturas

A preparação de aberturas, normalmente, é a parte do xadrez que o jogador amador gasta mais tempo. Muitos especialistas consideram isso um erro, afirmando que o ideal é concentrar seus esforços na compreensão dos finais e principais temas de meio-jogo: tática, combinações, planos típicos, etc... Eu mesmo fui vítima desse pensamento e gastei muito tempo, quando era iniciante, "estudando" aberturas, era uma busca ingênua pela fórmula mágica para vencer rapidamente e sem muito esforço. 

Podemos destacar alguns aspectos dessa maneira equivocada de treinar aberturas no nível iniciante:


  1. Achar que as aberturas são a parte mais importante da partida.
Sinceramente, era assim que eu pensava e deve ser assim que muitos iniciantes pensam. Ora, veja que receita simples e infalível: "vou memorizar as jogadas da Najdorf e em 15 lances minha vantagem será decisiva!", além do mais, tudo parece muito óbvio na abertura! 

Vamos à parte concreta da coisa agora. Aproximadamente 85% das partidas não são decididas por causa das aberturas, isso não significa que não devemos levar as aberturas a sério, apenas queremos mostrar que as aberturas não são a parte nuclear da partida e que devemos treinar mais outros aspectos do jogo, como foi citado acima. Acredito que, até chegar ao nível de 2.200 de rating FIDE, o jogador não deveria gastar tanto tempo com aberturas. 

     2. Jogar aberturas que não são de acordo com seu nível técnico.

É bastante comum que as escolhas das aberturas dos iniciantes e dos jogadores intermediários sejam baseadas nos repertórios de aberturas de seus ídolos no xadrez. Porém, eu acredito que algumas aberturas irão dificultar mais do que facilitar a vida do jogador, dependendo do seu nível. Por exemplo, eu não recomendaria a defesa índia do rei para alguém que está começando, pois, trata-se de uma defesa muito difícil de conduzir e que exige um nível técnico bem avançado para quem a joga. Normalmente, na índia do rei, as pretas assumem uma postura passiva devido ao pouco espaço para manobras e só depois entram em grandes complicações e jogadas muito agressivas que exigem uma boa capacidade de cálculo e boa técnica de seu condutor. Quase o mesmo podemos dizer sobre a variante Najdorf da Siciliana, da Benoni moderna, etc... 
O ideal é que o iniciante escolha aberturas mais fáceis de compreender e de jogar. Particularmente, acredito que a Nimzoíndia e a índia da dama são duas ótimas opções para todos os níveis, pois são flexíveis e bastante seguras ao mesmo tempo. 
Para complementar temos uma sugestão curiosa sobre aberturas para iniciantes. Trata-se do gambito Benko. Este gambito é jogado de forma sistemática na maioria das vezes e, apesar de levar a muitas posições agudas, ele possui uma flexibilidade bem interessante e perspectivas de ataque para o segundo jogador. Pode ser uma boa alternativa.


      3. Escolher aberturas que jogaremos sem uma "perspectiva global".

Se você joga a defesa Caro-Kann contra 1.e4 talvez seja interessante jogar a Eslava contra 1.d4, entende? Ou, se jogas a Francesa (vs 1.e4), talvez possa ir de Nimzoíndia vs 1.d4... É importante jogarmos aberturas que tenho alguma relação estratégica entre si. As aberturas vão bem além das simples jogadas, envolvem ideias, planos, estruturas e manobras típicas. Compare o que fazes contra sistemas fechados e contra sistemas abertos e veja se existe harmonia entre as ideias. 

      4. "Começar a construir a casa pelo telhado".

Acho que foi no ano 2000 (ou foi em 1999, não lembro bem), durante uma palestra do saudoso MI Segal, aqui em Recife, que o mestre falou o seguinte sobre essa questão das aberturas: "não tentem jogar copiando as partidas e/ou preparações de Kasparov, Tahl, Fischer, Karpov, etc... A preparação desses jogadores é inimaginável, vamos nos perder rapidamente." O que o mestre quis dizer foi que devemos começar a fazer nossa própria preparação, dentro do nosso nível de compreensão do jogo e acrescentar ideias dos mestres, sem copiá-los cegamente! Hoje em dia com a ajuda dos programas de computador todos tem praticamente um GM em casa para treinar e isso facilita bastante. "Comece do início, mestre!", assim você poderá aprofundar seu conhecimento na abertura escolhida, conhecendo melhor suas sutilezas.

      5. Não levar em conta o seu contexto pessoal.

Existem jogadores de todos os tipos: estudantes, aposentados, trabalhadores da construção civil, pais de filhos pequenos, etc... Nosso contexto interfere totalmente na forma como devemos dedicar nosso tempo ao estudo das aberturas, temos outras tarefas que também precisam de atenção a tempo. Algumas aberturas exigem iniciar um longo e tortuoso caminho (gratificante também, diga-se de passagem), durante muitas horas para chegarem a ser compreendidas com um mínimo de profundidade. Se você dispõe de pouco tempo o ideal é que escolha aberturas fáceis de aprender e que não demandem de você compreender agudas sutilezas, pois não terás tempo para desenvolver esse ponto. 
Fazendo uma síntese sobre a questão do treinamento de aberturas:
  • Não jogue aberturas muito complicadas se você é um iniciante, recomendamos com as brancas 1.e4 e, de pretas, Ortodoxa (vs. 1.d4) e 1...e5 (vs 1.e4);
  • Quando se desenvolver mais, tecnicamente, pode passar a jogar algo mais flexível como a Nimzoíndia (1.d4) e iniciar os treinamentos na Siciliana, preferencialmente a siciliana, variante Kan, que reúne flexibilidade e solidez;
  • O gambito Benko é uma boa opção para os iniciantes que já possuem algum conhecimento sobre a relação "tempo-material-posição".
É bom lembrar que as preferências são totalmente pessoais e que a a ideia do artigo é apenas acrescentar informações sobre a questão das aberturas. 




segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Rating FIDE - Pernambuco - Outubro 2018



Rating FIDE - Pernambuco - outubro/2018. (+2.100)







1. GM Yago Santiago.....................2.468


2. MF Vinícius Tiné........................2.294


3. Marcelo Bouwman....................2.238


4. MF Marco Asfora.......................2.210


5. Roberto Calheiros.....................2.208


6. MN Benone Lopes.....................2.179


7. Lúcio Pacífico...........................2.144


8. José Roberto Araújo.................2.142


9. Armando Vasconcelos..............2.140



10. Ivo Eduardo...........................2.135


11. Rafael Cabral..........................2.134


12. Gilson Rosa............................2.129


13. Alberto Colares......................2.123


14. Filipe Arruda..........................2.105



15. Fábio Pires.............................2.101




https://ratings.fide.com/

sábado, 25 de agosto de 2018

Mark Dvoretsky e seu método de treinamento. Parte 2.

Continuando os artigos sobre Dvoretsky veremos agora outra parte importante de seu método de treinamento: a profunda análise dos momentos críticos numa partida de xadrez. Como ele mesmo disse na introdução de um dos seus artigos (que foi utilizado como base para que eu fizesse este...): "Muitas vezes, as partidas de GMs podem parecer com icebergs: nada muito especial para ver, tudo simples e compreensível. Porém, analisando a parte que está embaixo d'água nos faz mudar totalmente de impressão. E isso você não conseguirá observar sem a ajuda de um bom comentarista. (a importância de um treinador, ou de um amigo muito forte em xadrez para estudar). 



O match final do torneio de candidatos de 1992, entre Yusupov e Timman, começou com uma rápida e categórica vitória de Yusupov. Os espectadores presentes, bem como os "especialistas", no centro de imprensa, não noticiaram as finesses que aconteceram na partida! Quando Arthur (Yusupov) veio até mim bastante desgastado após a partida e me expôs os problemas que teve que resolver, tudo ficou bastante claro para mim."







PGN result
[Event "Match cand. Linares (ESP)"]
[Site "?"]
[Date "1992.??.??"]
[Round "1"]
[White "Yusupov, Arthur"]
[Black "Timman, Jan"]
[Result "1-0"]
[PlyCount "67"]
[Source "IB PGN Viewer"]
[SourceDate "2018.08.25"]
[SourceTitle "jra5R_ucK3Vl259E2tsflTvjSog_tRmz8MMxs6D-6CmHv3QhSTgzDyXZg9fWPRr8jMlULSnzsPEnkPSryzhlXQ"]

1. d4 Nf6 2. c4 g6 3. Nf3 Bg7 4. g3 O-O 5. Bg2 c6 6. O-O d5 7. cxd5 cxd5 8. Nc3
Ne4 {Nesse sistema de abertura, um dos jogadores (ou ambos, algumas vezes),
devem ocupar uma casa central (e4 ou e5, nesse caso). Karpov, algumas vezes,
já jogava 8. Ce5, sem desenvolver antes o outro cavalo à c3.} 9. Nxe4 dxe4 10.
Ne5 f6 (10... Qd5 $5) 11. Qb3+ e6 12. Nc4 Nc6 (12... Qxd4 $2 13. Rd1 Qc5 14.
Bf4 {E a dama preta tem problemas para encontrar uma casa segura...}) 13. e3 f5
14. Bd2 Rb8 15. a4 $5 (15. Rac1 Bd7 16. Rfd1 b5 $1 17. Ne5 Nxe5 18. dxe5 b4 $1
{Jogando pela restrição do bispo em d2!} (18... Bxe5 $6 19. Bc3 Bxc3 20. Qxc3
$14)) 15... Rf7 {Pergunta: Qual a reação mais precisa das brancas ao íltimo
lance das pretas? Após, aproximadamente, 30 minutos pensando, Yusupov jogou 16.
Tac1!!. Suspeito que essa notícia possa ter deixado você um pouco surpreso,
afinal, porque dar duas exclamações para um lance tão natural, uma jogada que
até mesmo numa partida de blitz é muito provável que seria realizada? A
questão é que o lance, em si, é apenas a ponta do iceberg. Quando você
consegue ver o que está abaixo, entenderá porque este momento é o "momento
crítico" de toda a partida, pois, foi decisivo para que tudo que veio pela
frente pudesse acontecer. É de muita ajuda iniciar a solução de qualquer
questão posicional com a seguinte pergunta: "O que meu oponente está
pretendendo com sua última jogada?" Nesse caso específico, as pretas planejam
jogar o libertador 16-..., e5! 17-de (17-Cxe5 Bxe5 18-de Dxd2) 17-...Be6! Sem
a torre em f7 isso não seria possível devido à presença da dama branca na
diagonal "a2-g8". Como as brancas poderiam então parar esta ameaça? 16.Tfd1
aparentemente é a solução mais simples, além do mais este lance faz parte do
plano das brancas, preparando o temático Ce5. Entretanto, nesse momento, mover
a torre de f1 seria um erro posicional, que permitiria a dama preta ocupar a
excelente casa d5 sem ser incomodada. (MUITA ATENÇÃO A ESTE COMENTÁRIO
ANTERIOR!!) As pretas não jogaram Dd5 ainda devido à ameaça das brancas
jogarem "f2-f3"! Após a troca de peões em f3 a dama preta precisaria perder um
tempo retrocedendo. Portanto, após 16.Tfd1 Dd5 é bom para o preto. As brancas
poderiam tentar aqui 16.Bc3, seria interessante, mas talvez não seja uma boa
ideia "em geral" fechar uma coluna que pretendemos utilizar com nossa torre...}
16. Rac1 b6 (16... e5 17. Nxe5 $1 Bxe5 (17... Nxe5 $6 18. dxe5 Qxd2 19. Rc7 $18
) 18. dxe5 Qxd2 (18... Nxe5 19. Rc5 Nd3 20. Rd5 $16) 19. Rxc6) 17. f3 $1 {
Quando esse tipo de lance não envolve um ganho de tempo, então, normalmente,
não são tão bons para as brancas. No caso da partida que estamos estudando, o
lance f2-f3 está acobertado por uma ideia tática muito interessante.} exf3 18.
Bxf3 Bb7 19. Bxc6 $1 Bxc6 20. Ne5 Bxa4 $1 {Melhor resposta! Você previu isso?
Nunca é demais lembrar da importância de treinar cálculo em xadrez.} (20... Bb7
21. Nxf7 Kxf7 $16) 21. Nxf7 Bxb3 $2 {As pretas não encontram o caminho correto,
a posição realmente é muito complicada.} (21... Qd7 $1 22. Qa2 Kxf7 23. d5 $5 (
23. Ra1 $6 Bb5 24. Qxa7 Rb7) 23... exd5 24. e4 $1 {A ideia aqui é abrir linhas
para atacar o rei preto que está bastante exposto.} Bb5 25. exd5 $40) 22. Nxd8
Rxd8 23. Rc3 $1 {A partir de agora estamos na fase de "realização técnica da
vantagem material". A única esperança de salvação das pretas é um
contra-ataque com e6-e5 ou conseguir consolidar sua posição posicionando seu
rei mais ao centro, numa espécie de fortaleza. Entretanto, isso não chegou nem
perto de acontecer...} Bd5 24. Rfc1 Bf6 25. Rc8 {Talvez, na jogada 23 das
brancas, você possa ter se perguntado "por que o branco não jogou 23.Tc7? Bom,
jogar a torre na sétima é uma espécie de lei, porém, nessa situação da partida,
o plano branco consiste em trocar um par de torres o que diminuiria bastante
as possibilidades defensivas das pretas, além de facilitar a ocupação da mesma
sétima fila pela torre remanescente.} Bb7 26. R8c7 $1 {Mas, as brancas não
queriam trocar as torres???? Sim, mas nesse caso os bispos pretos controlariam
as casas de invasão, portanto, vamos ganhando tempos por aqui! (Yusupov deve
ter pensado isso, certeza!)} Be4 27. Bb4 $1 {Atividade! Atividade!} g5 28. Be7
Bxe7 29. Rxe7 f4 30. gxf4 gxf4 31. exf4 a5 32. Kf2 Bf5 33. Rb7 b5 34. Rcc7 {
Ok! Cá estamos! Ambas as torres estão na sétima numa situação bem melhor do
que em momentos anteriores. As pretas abandonaram.} 1-0

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quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Mark Dvoretsky e seu método de treinamento. Parte 1.

                    Escrever a respeito de qualquer pessoa é sempre muito difícil, pois, corremos o risco de omitir alguma informação importante ou de, até mesmo, passar alguma informação equivocada devido à desatenção ou simplesmente falha de interpretação. É o risco que se corre... Resolvi escrever alguns artigos aqui no blog sobre uma grande personalidade do mundo do xadrez, considerado pela maioria dos jogadores como o "maior treinador da história". Trata-se do russo Mark Dvoretsky, nascido em Moscou, 1947.


                   Dvoretsky não era apenas um grande treinador, ele também era um fortíssimo MI, título conquistado em 1975. É bom citar algumas conquistas de Dvoretsky antes de obter o título de MI: Campeão de Moscou, 1973; quinto lugar (empatado) no campeonato soviético de 1974; campeão do "Wijk aan zee masters", 1975, além de uma excelente campanha do campeonato soviético neste mesmo ano. Tratava-se, claramente, de um MI com força de GM! Apesar de ser um jogador muito forte, Dvoretsky resolveu se afastar das competições (como jogador) e dedicar-se a desenvolver novos talentos através do que ele acreditava ser o melhor método para preparação de jogadores. A busca constante pela verdade enxadrística, a paixão pelas posições com poucas peças, os finais artísticos, eram características do método Dvoretsky. 
                   
                  Os resultados dos seus "alunos" rapidamente começaram a aparecer, ele tinha a fama de transformar os "fortes +2.200" em mestres rapidamente e os GMs em campeões!! Nada mal para um início. Para se ter uma ideia, já treinaram com Dvoretsky jogadores como Kasparov, Anand, Topalov, Bareev, Lautier, Van Wely, Svidler, Chekhov, Dolmatov, Dlugy, etc... Porém, sem sombra de dúvidas, quem mais se fez presente na vida de treinador de Dvoretsky foi Arthur Yusupov, que chegou a ser número 3 no ranking mundial e que nunca escondeu que atribui seu sucesso às sessões de treinamento que teve com Mark. 

                  Nessa primeira parte do artigo vamos mostrar um exemplo do método de treinamento utilizado pelo Dvorestky. Lembro que, ao tentar analisar essa posição, os sentimentos de angústia, frustração, raiva e alegria estavam todos, simultaneamente, presentes durante a busca pelos lances corretos e, apesar de ser uma posição "simples", aprendi demais com essa análise. 





PGN result
[Event "Candidates (Women) sf2"]
[Site "Vilnius"]
[Date "1980.??.??"]
[Round "8"]
[White "Alexandria, Nana"]
[Black "Litinskaya, Marta I"]
[Result "1/2-1/2"]
[BlackElo "2280"]
[ECO "C55"]
[EventCountry "URS"]
[EventDate "1980.09.??"]
[EventRounds "12"]
[EventType "match"]
[FEN "5rk1/pp4p1/3p4/2p1p3/2P1P3/P2PP1PR/1P6/6K1 b - - 0 40"]
[PlyCount "46"]
[SetUp "1"]
[Source "ChessBase"]
[SourceDate "1999.07.01"]
[WhiteElo "2335"]

40... Rf3 {A torre preta está bastante ativa. Sabemos que nesse tipo de final
a atividade é o mais importante dos fatores já que a vantagem material das
brancas está prestes a desaparecer. Aqui fica a questão: qual o plano das
brancas para evitar a perda de seus peões centrais e/ou da ala da dama?} 41.
Rh2 $1 {A melhor opção! A ideia é criar uma fortaleza e ao mesmo tempo manter
a possibilidade de invasão pela ala da dama após um possível "b4".} Rxe3 42.
Rd2 Rxg3+ {Incrivelmente essa não é a melhor jogada, pois a torre preta abre
mão de sua atividade e permite às brancas realizarem seu contrajogo. Vamos
voltar esta jogada e seguir com as análises do Dvoretsky...} (42... Re1+ $1 {
Grande ideia! A torre preta agora vai ficar criando ameaças no campo branco e
ao mesmo tempo restringindo a atividade da torre branca! Palavra chave nos
finais de torre: atividade!} 43. Kf2 Rb1 44. Kf3 Kf7 45. Kg4 Kg6 46. Kh4 {Aqui
temos outra situação importante de lembrar nesse tipo de final: Quanto menos
espaço para avançar o rei adversário tiver é melhor para quem está se
defendendo. Tem que ser levado em conta também os possíveis finais de peões e,
para as brancas, um método defensivo para uma provável perda de seu peão "g".
Essas transformações dos finais é que fazem com que essa parte do jogo seja
tão difícil...} (46. Rc2) 46... a6 (46... a5 47. Kg4 (47. g4 $2 Rh1+ 48. Kg3
Kg5 $17) 47... b6 (47... a4 $2 48. Kh4 b6 49. Kg4 Rh1 50. Rc2 Rd1 51. Rc3 Rd2
52. b3) 48. Kh4 Rc1 49. Kg4 Rh1 {Zugzwang é sempre um plano nessas posições
com poucas jogadas defensivas..} 50. b4 (50. Rc2 $1 Rd1 51. Rc3 Rd2 52. a4 $3 {
Uma grande jogada! (e difícil demais de achar!) Totalmente paradoxal, pois,
dará atividade ao adversário e deixa a própria torre passiva! Mas, as coisas
não são tão simples em xadrez, ainda bem.} (52. Rb3 a4 $1 53. Rxb6 Rxd3 54. Ra6
Kf6 55. Rxa4 Re3 $11 (55... Rb3)) 52... Rxb2 53. Ra3 Rb4 54. Kh4 Kh6 (54... Rb1
55. Kg4) 55. Kg4 g6 56. Kh4 g5+ 57. Kg4 Kg6 58. Kf3 Kh5 59. g4+ Kg6 (59... Kh4
$4 60. Ra1 {E vai levar mate...}) 60. Ra1 $11 {Por incrível que pareça essa
posição é de igualdade!! O rei preto não pode se afastar muito do peão "g5"
senão a torre branca vai atrás dele criando contra-chances, mesmo ao preço do
peão a4. Atividade!}) (50. Kf3 Kg5 51. Kg2 Rb1 52. Kf3 Rf1+ 53. Kg2 (53. Rf2 $2
Rxf2+ 54. Kxf2 Kg4 $19 55. Kg2 a4) 53... Rf6 $1 54. Rd1 (54. Kh3 Rf3) 54... Kg4
55. Rh1 g5 $19) 50... Rb1 (50... Ra1)) 47. Kg4 (47. a4 $2 Ra1) 47... b5 48.
cxb5 axb5 49. Rc2 Kf6 {E aqui o branco precisa se preocupar com seu peão de
"e4", por incrível que pareça, portanto 50.Rh4 não seria bom!! (Se afasta de
e4!!)} 50. Kf3 Kg5 {Etc... Etc... Vamos voltar a partida principal.}) 43. Kf2
Rg4 (43... Rh3 44. Kg2) 44. b4 Rf4+ 45. Kg2 Rf7 46. Rb2 cxb4 47. axb4 b5 48.
cxb5 Rb7 49. Ra2 Rxb5 50. Rxa7 Rxb4 51. Kf3 Rd4 52. Ra3 Kf7 53. Kg4 Kf6 54. Rb3
Ra4 55. Rb1 Ra3 56. Rf1+ Ke6 57. Rf3 d5 58. exd5+ Kxd5 59. Re3 Ra4+ 60. Kf5
Rf4+ 61. Kg6 Kd4 62. Rg3 Rf1 63. Kxg7 {Um belo jogo, com muitos ensinamentos
de finais de torres e de peões também!} 1/2-1/2

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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

III Torneio da AXBV

Uma manhã histórica hoje na Biblioteca Municipal Luiz Brasil, em Garanhuns. A Academia de Xadrez Byron Veras iniciou um novo ciclo no xadrez garanhuense voltando justamente ao lugar onde tudo começou na década de 1980!! O torneio foi realizado pela AXBV com o apoio da Prefeitura Municipal de Garanhuns, Secretaria de Educação e Secretaria de Juventude, Esportes e Lazer. O evento foi bastante prestigiado e contou com a participação de 29 enxadristas (o limite de vagas era 30). Na ocasião tivemos a presença ilustre da Sra. Edilene Soares Cordelista, coordenadora da biblioteca Luiz Brasil e madrinha da AXBV.

Gostaríamos de registrar também nossos agradecimentos  à Secretária de Educação Eliane Simões Vilar, ao secretário de Juventude, Esportes e Lazer, Carlos Eugênio, ao Professor Édson Barros Lopes e ao servidor municipal Rodolfo Cardoso, que contribuíram com a realização deste evento. 

Vale destacar a presença de equipe feminina da cidade de São João e dos amigos Luziano Pereira e Lúcio Flávio, que representaram o estado de Alagoas! Abaixo, algumas fotos do evento!


















quinta-feira, 19 de abril de 2018

As aberturas mais jogadas pela "elite" do xadrez mundial

Fazendo um levantamento,a título de curiosidade apenas, descobri um artigo bem interessante do treinador de xadrez Daniel Muñoz sobre quais foram as aberturas mais utilizadas pelos grandes mestres da elite do xadrez em 2016/2017. Tudo bem, faz dois anos já mas as coisas não foram muito diferentes em 2017... Entendemos como "elite" aqueles jogadores que possuem, pelo menos, 2.700 de rating. Não se trata de menosprezar os "2600", apenas a lista precisa ter uma referência de força e escolhi os "2700" para isso.


Em 2016, os melhores jogadores do mundo,  eram os seguintes:


Então, qual a jogada inicial mais utilizada por eles, 1.e4? 1.d4? Outras? Vamos às estatísticas:

Ao que parece os super grandes mestres preferem, realmente, iniciar com 1.e4 ou 1.d4, com uma leve vantagem de acordo com o diagrama abaixo.


Aberturas após 1.e4:
Contra o lance do peão do rei a resposta mais utilizada pelos jogadores +2700 continua sendo 1-...e5, superando a siciliana. A variante Berlim, na Ruy López, segue sendo a arma favorita desses jogadores, uma verdadeira dor de cabeça para as brancas. Carlsen vs Karjakin que o diga...

As outras respostas mantiveram as mesmas médias (Caro-Kann, francesa, etc...). Não podemos deixar de mencionar, apesar dessa manutenção da média geral, o crescimento da abertura italiana nos torneios de elite. O fato é que a Berlim realmente está se mostrando bastante eficaz e as brancas estão buscando outros caminhos.


Sobre a abertura espanhola...
Mesmo com a enorme quantidade de "partidas Berlim", afortunadamente (para alguns aficionados) esta variante perdeu um pouco de sua popularidade, quem sabe não veremos outras variantes acontecendo com mais frequência, uma Breyer, uma Zaitsev... Aparentemente a variante com "d3" está sendo bastante utilizada também, esta variante era utilizada basicamente apenas pelos jogadores de elite anos atrás, a mais popular é a linha tradicional com Te1. Tanto Carlsen como Caruana foram muito importantes na retomada da variante com d3, elaborando planos interessantes, principalmente com o posicionamento do bispo em "a2" ao invés de c2... No gráfico abaixo temos o crescimento da variante com d3 no últimos anos.

E o que dizer sobre a defesa siciliana?

Não podemos esquecer a hegemonia que a Siciliana tem há anos. No gráfico abaixo você pode ver que seu interesse tem crescido, é uma defesa que nunca deixará de estar presente, mas tem havido uma pausa desde o ano de 2016 em que sua popularidade parou de crescer à custa de a espanhola.

O que podemos observar, na siciliana, sobre as variantes mais usuais? Bem, como acontece com a abertura espanhola, na siciliana temos uma variante que se impõe a todas as outras, é a combativa Najdorf. Contra isso, os GMs tentaram maneiras diferentes de conquistar iniciativa e, levando em conta a vantagem com a qual eles iniciaram o primeiro movimento que é significativo neste nível, eles pontuam 55,8% do tempo. Como eu estava dizendo, contra o Najdorf eu não acho um padrão claro ou uma preferência por parte dos melhores, nós optamos por um número de jogadas e idéias muito heterogêneas como Ae2, Ag5, h3 ... 

Por outro lado, em quase todas as partidas sicilianas, optam por estruturas com d6, deixando de lado outros esquemas mais comuns como e6 ou Cc6 sem definir a estrutura na primeira fase da abertura.


  A Variante Najdorf é jogada em 92,4% das ocasiões em que é possível considerar.


Aberturas com 1.d4!

Como você verá no gráfico abaixo, parece claro que a resposta mais popular é 1.. Nf6 com 78% das respostas. Longe está o clássico 1 ... d5 com 20% dos jogos. Ou seja,  1... Nf6 tem um monopólio claro. Agora, o que acontece daqui?

Depois de Cf6 as tem a possibilidade de jogar esquemas indianos com g6 (índia do rei, Grunfeld, Benoni moderna, etc...) ou jogar mais solidamente com e6. Como esperado, e6 ganha consideravelmente para os jogos com esquemas com "fianchetto" (74% contra 23% dos fianchettos), aqui você pode ver as estatísticas:


E neste momento é difícil fazer uma discriminação de variantes, no entanto,podemos dar-lhe algumas informações baseadas em observações gerais:


  • Contra 3. Cc3, a Nimzoindia é jogada em 97% dos casos. Novamente nos deparamos com um "caso Najdorf", ou seja, uma variante que prevalece sobre todos os outros.
  • Contra 3. Nf3, em 75% dos jogos o negro opta por sistemas sólidos com d5 e Ae7, muitas vezes entrando em estruturas do tipo Carlsbad. Por falar em Carlsbad, todo jogador que pretende jogar com 1.d4, d5, deve estudar essa formação. Somente em 25% dos casos restantes o negro utiliza a índia da dama. Vale ressaltar que, nos casos em que o negro não escolhe Ae7, ele costuma jogar a Variação Ragozín, que, curiosamente, não é muito comum no xadrez amador.
  • As vezes as brancas escolhem linhas com 5.Bf4. Isso não deve ser confundido com o agora famoso sistema London em que as brancas jogam rapidamente o bispo a "f4",porque, nestes casos, o peão não está em c4, ele é levado a c3.
Apesar de todas essas estatísticas, é claro que o fator "preferências do jogador" se sobrepõe a tudo isso. Várias aberturas que são muito boas nem sequer foram citadas, mas vale ressaltar que se trata de estatísticas baseadas no que os "jogadores de elite" usam! 

Quando passamos a analisar no nível amador isso muda drasticamente! Defesas que nem foram citadas (como a francesa, caro-kann, pirc, Benko, holandesa, etc..) ganham seu espaço com excelentes resultados, porém, isso é uma discussão para outra ocasião.

segunda-feira, 5 de março de 2018

Torneios "blitz" e rápido na AXBV nesse último final de semana

A academia de xadrez Byron Veras, com o apoio da prefeitura municipal de Garanhuns através de sua secretaria de Cultura e turismo, realizou nesse último final de semana dois grandes torneios, no sábado aconteceu a I etapa da copa Argemiro Oliveira de xadrez blitz (partidas de 5 minutos) que contou com a presença de 3 ex-campeões estaduais na modalidade, além de outros bons jogadores do estado. Apesar do bom número de participantes (14 jogadores) esse número poderia ter sido maior se não fosse a chuva muito forte que caiu na região, impedindo que alguns jogadores pudessem se deslocar até o local do torneio. Os 3 primeiros colocados no torneio blitz foram:

1. Christian Almeida
2. André Felipe
3. Hélder Alves

No domingo aconteceu o torneio mais esperado, a II etapa da copa Byron Veras de xadrez rápido, que contou com 24 participantes de Garanhuns, Recife, Lajedo, Santa Cruz e outras cidades da região. O ambiente perfeito para a prática do xadrez combinando silêncio e temperatura em torno de 24 graus! Coisas de Garanhuns...
No final tivemos a vitória do grande enxadrista pernambucano Flávio Henrique Galindo, que anda afastado do xadrez mas mostrou sua força, com 4,5 pontos em 5 possíveis. Em seguida vieram Avner dos Anjos (4,5) e Armando Vasconcelos (4,0). O torneio aconteceu sem nenhum problema, num ambiente de muita amizade, harmonia e xadrez, claro! Classificação do rápido:

1. Flávio Galindo               
2. Avner dos Anjos           
3. Armando Vasconcelos 

Abaixo, algumas imagens do evento.













terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Novidades nos eventos dos dias 03 e 04 de março na AXBV!!

Por motivos profissionais, infelizmente, o mestre nacional Roberto Calheiros não poderá realizar a simultânea no próximo dia 03 de março, ficando assim adiada a exibição para o mês de abril com data a definir. No lugar da simultânea haverá o "I torneio blitz AXBV", a partir das 14:00 no mesmo local, centro cultural de Garanhuns, com inscrições no valor de R$ 10,00 (dez reais).

No dia seguinte teremos o "II torneio de xadrez rápido da AXBV", a partir das 09:00, também no centro cultural. Não houve alteração nesse torneio. 

Informações detalhadas:


  • "I torneio blitz AXBV": 
     Dia 03 de março
     local: centro cultural de Garanhuns
     Horário: a partir das 14:00
     Inscrições no local, R$ 10,00 (dez reais)
     Premiação: medalhas para os 3 primeiros colocados.



  • "II torneio rápido AXBV":
     Dia 04 de março
     Local: centro cultural de Garanhuns
     Horário: a partir das 09:00
     Inscrições no local, R$ 20,00 (vinte reais)
     Premiação: medalhas para os 3 primeiros colocados.

     OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Para ambos os torneios haverá um limite de participantes. Serão 35 (trinta e cinco) vagas. Vale lembrar que, no torneio rápido, já existe um lista de pré-inscritos, então o jogador interessado em participar do "rápido", deverá consultar a organização sobre a disponibilidade de vagas.

Os jogadores deverão levar jogo de peças e relógios oficiais de xadrez.

Informações:
Armando Vasconcelos: 81-99984.6677

     

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

II torneio da AXBV - restam poucas vagas!!! Participe!

A Academia de Xadrez Byron Veras realizará, nesse próximo final de semana, seu segundo evento. Trata-se de dois eventos, na verdade, no sábado teremos uma simultânea com o MN Roberto Calheiros, a partir das 14:00, para no máximo 30 tabuleiros. No dia seguinte teremos o II torneio da AXBV que será realizado no centro cultural de Garanhuns, graças ao apoio da prefeitura municipal através da secretaria de cultura e turismo.

No primeiro torneio tivemos a inscrição de 23 jogadores e para esse segundo evento a expectativa é que tenhamos 35 jogadores de várias cidades da região e também da capital. 






Segue abaixo a lista dos pré-inscritos:

1. Armando Vasconcelos;
2. André Felipe;
3. Dalson Holanda;
4. Christian Almeida;
5. 
Eline;
6. Luziano Pereira;
7. Avner dos Anjos;
8. Ana Maria Monteiro;
9. Sérgio Campos;
10. Fágner Vasconcelos;
11. Matheus Macedo;
12. Anderson Valdecy;
13. Dhefferson Montini;
14. Jonh Diego;
15. Carlos Felipe;
16. Roberto Lino;
17. Paulo Jorge Moura;
18. Nicholas Douglas;
19. Jonatas Plácido;
20. Carlos Capivara;
21. Herculano Patreszer;
22. 
Hélder Alves;
23. 
Israel Barros;
24. Eduardo Araújo;
25. Renato Gomes;
26. Thuanny Barros;
27. James Victor;
28. Rodrigo Vilela;
29. Paulo Ubiratã;
30. Audalio Alves;
31. Daniel Dário;
32. Ricardo Santos;

33. Marcelo Valerian.
Lembrando que na simultânea no dia 03/03 as inscrições serão gratuitas e no torneio o valor da colaboração será de R$ 20,00 (vinte reais). 

Mais uma vez gostaríamos de agradecer a todos que já se inscreveram, sem vocês o xadrez não existe!! Muito obrigado e até o dia 03/03!!

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Simultânea com o MN Roberto Calheiros na AXBV, em Garanhuns!! Dia 03 de março!

O mês de março começará com um grande evento que há muito tempo não acontecia na cidade. No dia 03/03 o mestre nacional Roberto Calheiros dará uma simultânea para, no máximo, 30 tabuleiros na AXBV (academia de xadrez Byron Veras). A simultânea acontecerá no Centro Cultural de Garanhuns. A AXBV realiza este evento em parceria com a prefeitura municipal de Garanhuns através de sua secretaria de Cultura e turismo!!



Roberto Calheiros aprendeu a jogar xadrez aos 16 anos de idade, ao assistir às partidas que eram realizadas na Livraria da Sete de setembro, em Recife e já tomou muito a sério o esporte! No mesmo ano que conheceu o jogo sagrou-se campeão pernambucano juvenil de xadrez (1996) em torneio realizado no colégio Real da Torre, vencendo na ocasião o talentoso jogador Luiz Nunes, do colégio CPI. 

No período de 1996-2000, venceu o campeonato pernambucano universitário, o campeonato Sub-26, o campeonato por equipes e alguns torneios importantes realizados na saudosa academia de xadrez do MF Marco Asfora. Entre 2001-2004, foi novamente campeão universitário, além de conquistar o campeonato pernambucano absoluto de xadrez (2003) e o torneio "Brasil-Portugal", realizado na faculdade européia.


Em 2006 começa a ensinar e trabalhar com Yago de Moura Santiago, que se tornaria um grande amigo e hoje é grande mestre de xadrez, o primeiro GM na história que conquistou o título ainda residindo na região (N/NE). Esse trabalho culminou com a vitória de ambos, em 2007, na semifinal do brasileiro, o que possibilitou que ambos jogassem a final do campeonato brasileiro absoluto de xadrez, a 3ª de Calheiros e a estréia de Yago, então com apenas 14 anos!!

Após alguns anos de ausência em competições Calheiros volta e conquista o campeonato pernambucano absoluto, em 2012, além do Memorial Bobby Fischer, em João Pessoa e o torneio magistral cidade de Paulista (FIDE).

Recentemente esteve jogando o maior torneio do Brasil, o Floripa Open, onde derrotou o Grande Mestre Yago Santiago.

A simultânea acontecerá no dia 03/março, na AXBV, a partir das 14:00. Não será cobrada taxa de inscrição para a simultânea! No dia seguinte, 04 de março, teremos o torneio de xadrez e as inscrições para o torneio serão de R$ 20,00 (vinte reais) para jogadores de fora e R$ 10,00 (dez reais) para os jogadores da AXBV. As vagas no torneio são limitadas a 35 (trinta e cinco jogadores).


Inscrições antecipadas por depósito bancário:

José Armando S. Vasconcelos
Banco Bradesco
C/C: 9915-5
Agência: 5639
Contato:
Armando Vasconcelos (81) 99984-6677
Paulo Moura: (87) 99921-5490

Perguntei ao MN Calheiros qual sua partida mais memorável. Segue abaixo.


PGN result
[Event "Chesf 2005"]
[Site "?"]
[Date "2005.??.??"]
[Round "?"]
[White "Calheiros, Roberto"]
[Black "Silveira, Neri"]
[Result "1/2-1/2"]
[Annotator "Vasconcelos, Armando"]
[BlackElo "2277"]
[ECO "B06"]
[PlyCount "67"]
[Source "IB PGN Viewer"]
[SourceDate "2018.02.05"]
[SourceTitle "IYqJuxWEhH9VfgAI8XVVyO2iAWWC3nRbkZ7raLZmAHTI3suT6aWzXcCN2N8WTJHJdyHCzCIg84-_o7Ljkp69UQ"]
[WhiteElo "2253"]

1. e4 g6 2. d4 Bg7 3. Nc3 d6 4. Be3 a6 5. h4 b5 6. Qd2 Nf6 7. f3 b4 8. Nce2 a5
9. Nf4 Nbd7 10. O-O-O Nb6 11. Ngh3 Ba6 $6 {Uma leve imprecisão que, apesar de
não ser nada decisiva, dá alguns tempos às brancas.} 12. Bxa6 Rxa6 13. Qd3 Qa8
14. g4 (14. h5 $5) 14... Nfd7 15. h5 e5 16. hxg6 hxg6 (16... exf4 $2 17. gxf7+
Kxf7 18. Nxf4 Re8 19. Nh5 $16) 17. Nd5 (17. Ne2 $5) 17... Nxd5 18. exd5 a4 19.
Ng5 Rxh1 20. Rxh1 b3 $2 {Como não fazer um lance assim numa posição desse
tipo? Praticamente essa jogada se sugere automaticamente, mas por incrível que
pareça, isso não é bom agora.} (20... Kf8 $1) 21. Ne6 $3 $16 bxa2 22. Nxg7+ (
22. Kd2 $3 $18) 22... Kf8 23. Ne6+ Kg8 (23... fxe6 24. Kd2 Kg7 25. dxe6) 24.
Kd2 Ra5 25. Nxc7 Qb7 26. Qc3 Ra7 27. dxe5 Qxc7 28. Qxc7 Rxc7 29. exd6 $18 Rb7
30. Bd4 f6 31. Ra1 Rb5 32. Rxa2 (32. c4) 32... Rxd5 33. Ke3 Rxd6 34. Rxa4 $18 {
"No momento que joguei 34.Txa4, tinha menos de 1 minuto no relógio analógico.
Neri propôs empate, que aceitei." (Roberto Calheiros)} 1/2-1/2

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Inauguração da Academia de Xadrez Byron Veras

Dia 04 de fevereiro de 2018. Esta data marcou a inauguração da AXBV - academia de xadrez Byron Veras, em Garanhuns. Com sede no centro cultural da cidade, um lugar histórico e aconchegante, a AXBV realizou um grande torneio com a presença de vários ex campeões locais.












(centro cultural de Garanhuns)


Há muito tempo não se via tamanha mobilização dos enxadristas da cidade, tivemos o retorno às atividades de grandes nomes locais como Nicholas Douglas, Jonatas Plácido, MN Paulo Jorge, Renato Gomes, Wágner Silva, apenas para citar alguns nomes. As 23 vagas que foram disponibilizadas foram todas ocupadas desde a terça-feira, ou seja, ainda faltando 5 dias para o evento! 
                                             (foto histórica: alguns participantes do torneio de inauguração da AXBV!)
O torneio aconteceu dentro da mais absoluta tranquilidade, num clima de amizade e alegria, apesar de um carro de som tentar por alguns minutos atrapalhar o silêncio que imperava no local, além do clima super agradável que fazia na cidade. Abaixo, mais imagens do evento.
Vida longa à AXBV!




























Seria imperdoável, nesta publicação, omitir a presença do nosso saudoso amigo Byron. É impossível não sentir sua presença em eventos como este e, o que nos dá mais força e motivação para seguir adiante, é essa certeza de que ele estará sempre presente onde o nome da Academia de Xadrez estiver. Este é o seu legado, meu amigo. Muito obrigado!!
                              















(Em Serra Talhada, torneio em 2012!! Da esq. para a dir.: Byron Veras, Paulo Jorge e Armando Vasconcelos)