Abaixo temos o índice do que será visto nesse tema que estaremos abordando a partir de hoje (ataque ao rei centralizado):
- Vantagem de desenvolvimento;
- A ruptura central;
- Sacrifício de extração;
- Sacrifícios para abrir colunas;
- Ataque pela coluna "e";
- O sacrifício de cavalo em "d5";
- Métodos para impedir o roque;
- Outros métodos de ataque;
- O "desenroque".
Vamos à partida analisada!
[Event "Leningrad Junior-ch"]
[Site "Leningrad (Russia)"]
[Date "1949.??.??"]
[Round "?"]
[White "Spassky, Boris Vasilievich"]
[Black "Avtonomov"]
[Result "1-0"]
[ECO "D28"]
[EventCountry "URS"]
[EventDate "1949.??.??"]
[EventType "tourn"]
[PlyCount "41"]
[Source "ChessBase"]
[SourceDate "2010.11.25"]
[SourceTitle "EXT 2010"]
1. d4 d5 2. c4 dxc4 3. Nf3 Nf6 4. e3 e6 5. Bxc4 c5 6. O-O a6 7. Qe2 b5 {
Esta linha, que atrasa o desenvolvimento do flanco do rei, é considerada
perigosa para as pretas. Seria mais sólido 7-...Be7. Neste momento surge o
primeiro dilema para o jogador das brancas: mover o bispo a "d3" ou "b3"?
Vamos considerar os aspectos gerais de ambas as jogadas: 1. O lance "Bb3" me
parece mais lógico, de acordo com a maioria dos planos típicos da abertura
escolhida pelas brancas (ruptura "d4-d5", por exemplo). Além do mais, o bispo
em "b3" mantém o ataque sobre "d5" e permite que a jogada "Td1" cause mais
incômodo às pretas; 2. Com "Bd3" as brancas praticamente assumem que
pretendem atacar diretamente o roque das pretas, mas em "d3" o bispo causa a
impressão de atrapalhar a harmonia do jogo branco. Por outro lado, este lance
mantém a pressão sobre os peões pretos na ala da dama e o lance "a2-a4"
aparece com mais força.} 8. Bb3 Nc6 9. Nc3 cxd4 $6 {Uma jogada arriscada.
Como regra geral não devemos abrir linhas centrais enquanto nosso rei não
estiver rocado, por razões óbvias. Com linhas abertas as peças chegam mais
rapidamente ao ataque. 9-...Bb7 ou 9-...Dc7 seriam alternativas interessantes.}
10. Rd1 $1 Bb7 (10... Be7 $1) (10... d3 11. Rxd3 Qc7 12. e4 Be7 13. Nd5 $1 $14
exd5 14. exd5 Na5 15. d6 $18) 11. exd4 Nb4 {Devido ao atraso no
desenvolvimento e, consequentemente, a posição do rei preto enfraquecida, as
brancas podem agora realizar sua ruptura central e, assim, aproveitar todos os
fatores posicionais que estão a seu favor nessa posição.} (11... Be7 12. d5
Nxd5 13. Nxd5 exd5 14. Bxd5 Qc7) 12. d5 $1 Nbxd5 13. Bg5 $1 {Colocando outra
peça em jogo! Um erro bastante comum dos jogadores iniciantes é tentar
"nocautear" o adversário apressadamente. Concordamos que as brancas tem
vantagem aqui (desenvolvimento, coordenação melhor de peças, rei preto
centralizado), e quem tem vantagem é obrigado a atacar, segundo Steinitz (e
acho que todos concordamos com ele nesse sentido). O detalhe é que nessa
posição não temos golpes táticos demolidores ainda e o ideal é que as
brancas continuem mobilizando suas forças rapidamente e criando ameaças
(não é pra isso que serve a vantagem de desenvolvimento afinal?), portanto a
última jogada das brancas foi muito boa, aproveitando a cravada na coluna "d".
} Be7 14. Bxf6 gxf6 (14... Bxf6 $2 15. Bxd5 $18) 15. Nxd5 Bxd5 16. Bxd5 exd5
17. Nd4 $1 {A vantagem branca já é decisiva e sua última jogada expõe
todas as debilidades da posição das pretas. As casas brancas estão fracas e,
devido a isso, as peças que estão em casas pretas se tornam alvos mais
fáceis, se tornam mais "débeis" também! Esse conceito não é meu, é de
David Bronstein, e cabe muito bem nessa partida. De "f5" ou "c6" o cavalo
branco atacará as peças pretas que estão em casas pretas. Ao mesmo tempo
temos outros fatores posicionais que tornam a defesa das pretas quase que
impossível, talvez Carlsen defendesse afinal ele faz o que quiser... Enfim. Além
de tudo isso que foi dito ainda temos a cravada na coluna "e" combinada com a
manobra "Cf5-Txd5".} Kf8 (17... Qd7 $5) 18. Nf5 h5 19. Rxd5 Qxd5 (19... Qc7 {
Seria mais tenaz, porém as pretas continuariam perdidas.}) 20. Qxe7+ Kg8 21.
Qxf6 1-0
[Site "Leningrad (Russia)"]
[Date "1949.??.??"]
[Round "?"]
[White "Spassky, Boris Vasilievich"]
[Black "Avtonomov"]
[Result "1-0"]
[ECO "D28"]
[EventCountry "URS"]
[EventDate "1949.??.??"]
[EventType "tourn"]
[PlyCount "41"]
[Source "ChessBase"]
[SourceDate "2010.11.25"]
[SourceTitle "EXT 2010"]
1. d4 d5 2. c4 dxc4 3. Nf3 Nf6 4. e3 e6 5. Bxc4 c5 6. O-O a6 7. Qe2 b5 {
Esta linha, que atrasa o desenvolvimento do flanco do rei, é considerada
perigosa para as pretas. Seria mais sólido 7-...Be7. Neste momento surge o
primeiro dilema para o jogador das brancas: mover o bispo a "d3" ou "b3"?
Vamos considerar os aspectos gerais de ambas as jogadas: 1. O lance "Bb3" me
parece mais lógico, de acordo com a maioria dos planos típicos da abertura
escolhida pelas brancas (ruptura "d4-d5", por exemplo). Além do mais, o bispo
em "b3" mantém o ataque sobre "d5" e permite que a jogada "Td1" cause mais
incômodo às pretas; 2. Com "Bd3" as brancas praticamente assumem que
pretendem atacar diretamente o roque das pretas, mas em "d3" o bispo causa a
impressão de atrapalhar a harmonia do jogo branco. Por outro lado, este lance
mantém a pressão sobre os peões pretos na ala da dama e o lance "a2-a4"
aparece com mais força.} 8. Bb3 Nc6 9. Nc3 cxd4 $6 {Uma jogada arriscada.
Como regra geral não devemos abrir linhas centrais enquanto nosso rei não
estiver rocado, por razões óbvias. Com linhas abertas as peças chegam mais
rapidamente ao ataque. 9-...Bb7 ou 9-...Dc7 seriam alternativas interessantes.}
10. Rd1 $1 Bb7 (10... Be7 $1) (10... d3 11. Rxd3 Qc7 12. e4 Be7 13. Nd5 $1 $14
exd5 14. exd5 Na5 15. d6 $18) 11. exd4 Nb4 {Devido ao atraso no
desenvolvimento e, consequentemente, a posição do rei preto enfraquecida, as
brancas podem agora realizar sua ruptura central e, assim, aproveitar todos os
fatores posicionais que estão a seu favor nessa posição.} (11... Be7 12. d5
Nxd5 13. Nxd5 exd5 14. Bxd5 Qc7) 12. d5 $1 Nbxd5 13. Bg5 $1 {Colocando outra
peça em jogo! Um erro bastante comum dos jogadores iniciantes é tentar
"nocautear" o adversário apressadamente. Concordamos que as brancas tem
vantagem aqui (desenvolvimento, coordenação melhor de peças, rei preto
centralizado), e quem tem vantagem é obrigado a atacar, segundo Steinitz (e
acho que todos concordamos com ele nesse sentido). O detalhe é que nessa
posição não temos golpes táticos demolidores ainda e o ideal é que as
brancas continuem mobilizando suas forças rapidamente e criando ameaças
(não é pra isso que serve a vantagem de desenvolvimento afinal?), portanto a
última jogada das brancas foi muito boa, aproveitando a cravada na coluna "d".
} Be7 14. Bxf6 gxf6 (14... Bxf6 $2 15. Bxd5 $18) 15. Nxd5 Bxd5 16. Bxd5 exd5
17. Nd4 $1 {A vantagem branca já é decisiva e sua última jogada expõe
todas as debilidades da posição das pretas. As casas brancas estão fracas e,
devido a isso, as peças que estão em casas pretas se tornam alvos mais
fáceis, se tornam mais "débeis" também! Esse conceito não é meu, é de
David Bronstein, e cabe muito bem nessa partida. De "f5" ou "c6" o cavalo
branco atacará as peças pretas que estão em casas pretas. Ao mesmo tempo
temos outros fatores posicionais que tornam a defesa das pretas quase que
impossível, talvez Carlsen defendesse afinal ele faz o que quiser... Enfim. Além
de tudo isso que foi dito ainda temos a cravada na coluna "e" combinada com a
manobra "Cf5-Txd5".} Kf8 (17... Qd7 $5) 18. Nf5 h5 19. Rxd5 Qxd5 (19... Qc7 {
Seria mais tenaz, porém as pretas continuariam perdidas.}) 20. Qxe7+ Kg8 21.
Qxf6 1-0
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