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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Melhorando a técnica de finais!

Existem algumas diretrizes gerais que podem nos orientar para jogar corretamente os finais de partidas, ou pelo menos para fazê-lo seguindo um curso. Certa vez algum forte jogador falou que "é melhor ter um plano ruim do que não ter plano". Acho que o que ele estava tentando dizer é que as conseqüências negativas de caminhar sem um mapa em uma partida de xadrez são maiores do que as de fazê-lo com um mapa não muito preciso. E, particularmente, nos fins, isso é muito visível, apesar de achar que há muita subjetividade nessa afirmação, mas a ideia do artigo não é estimular o debate filosófico! 

Vamos começar!
Como você pode jogar melhor nos finais?
Em 90% dos casos, para ganhar um final, você deve coroar um peão ou atacar os peões fracos do seu oponente. Portanto, nos finais, é muito importante ter um bom conhecimento das estruturas dos peões e dos tipos de peões fracos. Em geral, os peões fracos são aqueles que não podem ser defendidos por outros peões, e quanto mais avançados são, mais fracos ficam. Portanto, um peão preto isolado na casa e4 (da perspectiva das brancas) será considerado mais fraco do que se estivesse na casa "e7", por exemplo.





   Para que este conceito seja claro, veja o diagrama anterior. Todos os peões marcados em vermelho são fracos por diferentes motivos:

Peão isolado em b5;
Peão atrasado em d6;
Peões dobrados em h7-h6...

Além desses peões fracos, existem outros como, por exemplo, os peões "colgantes". Quando dois peões estão juntos, lado a lado, porém separados do restante dos peões, eles se chamam "peões colgantes" e são considerados uma fraqueza nos finais, pois, o avanço de qualquer um deles enfraqueceria o outro.

Como regra geral, optaremos pela estratégia de atacar os peões fracos do nosso adversário se não tivermos a possibilidade de usar a estratégia de apoiar um peão passado. Reitero algo que ouvimos em diversas ocasiões: o xadrez está cheio de exceções, mas as regras que discutimos aqui funcionarão na grande maioria dos casos.

Vejamos o seguinte exemplo:





Posição para análise. Jogam as brancas. Na posição acima existem "dicas" de como proceder. Criar uma fraqueza no campo do oponente ou na estrutura de peões é fundamental se as brancas buscam a vitória (claro que as pretas também querem vencer, mas a possibilidade disso acontecer, nessa posição, é bem pequena, portanto, devem lutar para igualar)

Antes de atacá-los, teremos que fixá-los (evitar que se movam) e, mais tarde, capturá-los sem trocá-los por nossos peões (isto é, capturá-los gratuitamente). É por isso que, para fixar os peões inimigos, usaremos nossos peões, mas para capturá-los, usaremos nossas peças, e mesmo em muitas ocasiões, o rei que, no final, se torna um importante ataque.

A técnica de isolar uma fraqueza antes de atacá-la é válida em qualquer fase do jogo e está intimamente relacionada com outra: "a ameaça é mais forte do que a execução", outra das máximas que devemos ao grande Nimzowitsch. A razão é que a ameaça de uma ação pode empurrar seu oponente em uma determinada direção, mas a execução da ameaça também pode causar problemas para você.

Voltando à posição acima, qual o plano que você jogaria com as brancas? Análise da partida em breve!!

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